Nova Mensagempor João Oliveira Silva » Terça 20 Jul, 2010 8:43 pm
Meus Senhores,
Discutam, discutam, discutam e continuem a discutir.
Ponto assente: Face à situação do País, as forças armadas estão hoje - e num futuro próximo ainda mais - acima das possibilidades de Portugal.
Ainda mais cortes terão indubitávelmente ser feitos e as FA's não são um oásis. Têm que acompanhar, tem que cortar também.
O orçamento futuro atribuível às FA's nos próximos anos ( largos anos... ) não vai dar para mais que pagar os vencimentos, combustível e uns poucos " peannuts ".
Investimento? só se se deixar de pagar vencimentos.
O oposto é continuar a comprar canhões e cortar nos cada vez mais na manteiga e nos cada vez mais escassos apoios do estado social, coisa com a qual poucos estão de acordo.
Que ninguém tenha duvidas em relação aos cortes nas F.A., eu pelo menos não tenho, durante os próximos ( e largos ) anos. Aliás, se no tempo das "vacas gordas" esta nunca nunca foi uma matéria importante para os nossos políticos, bem como para a população portuguesa no geral , não vai ser no actual estado do país que algo vai mudar. Acredito que a situação geral das F.A. não é por "descuido" politico, mas sim porque é nesse estado que a classe politica quer ver as nossas F.A., e se querem uma prova da "estima" que estes senhores tem pelas F.A. e por quem nelas serviu o seu país, é ver o apoio que os ex-combatentes tiveram e têm.
Há a possibilidade de aumentar impostos mas os portugueses fiscalmente já não respiram, estão completamente asfixiados e já chegamos ao ponto de rotura em que o aumento das taxas se traduz em menor receita arrecadada.
Outra possibilidade é a economia arrancar. O drama é que vivemos na última década com cada vez maiores níveis de endividamento ( público, das famílias, externo ) e o produto cresceu à razão de um por cento durante dez anos. Agora é fácil adivinhar o que vai acontecer na próxima década quando a liquidez diminiu ( não nos vamos endividar mais, pois não? ) e até há que começar a pagar alguns dos desvarios do passado. O arranque pressupondo apenas as exportações é um delirio de alguns.
Meus Senhores: Não há dinheiro, nem hoje nem nos próximos anos, muitos anos, logo não há vícios.
Um pequeno consolo: o que se passa em Portugal é o que se passa na grande maioria dos países europeus, o discurso é igual e o drama não tem outras nuances.
Aumentar ainda mais os impostos? Não conheço a realidade de todo o país, mas não acredito que quem ganhe cerca de 500 ou 600 euros consiga suportar mais impostos, no entanto, também acredito que para quem ganha uns largos milhares de euros não faça muita diferença um IVA de 17,19,21 ou 25%.
E como ninguém tem a coragem de dizer que este país está á beira da bancarrota, sinceramente não vejo um futuro melhor , mas provavelmente sou eu que sou um pessimista e só vejo corruptos, incompetentes e gananciosos á frente deste canto da Europa.