Bin Laden Dead, U.S. Official Says

  • 106 Respostas
  • 25334 Visualizações
*

sergio21699

  • Especialista
  • ****
  • 973
  • Recebeu: 30 vez(es)
  • Enviou: 55 vez(es)
  • +21/-22
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #75 em: Maio 04, 2011, 04:41:21 pm »
Citação de: "Duarte"
Citação de: "sergio21699"
Citação de: "papatango"
Além da bandeira americana invertida, esta imagem apresenta outro problema:
.

Os estados unidos usam a bandeira assim.


http://www.marlowwhite.com/faq-why-is-t ... ersed.html
Obrigado  :G-beer2:
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #76 em: Maio 04, 2011, 05:51:08 pm »
Um artigo bastante interessante de um site igualmente interessante !
http://ainanas.com/must-see/morte-de-bi ... etaliacao/
 


*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #78 em: Maio 04, 2011, 08:54:40 pm »
Paquistão 'tinha que saber' onde estava Bin Laden


Um porta-voz do ministério da Defesa afegão apontou que o Paquistão «tinha que saber» a localização do agora defunto chefe da al-Qaeda, que se encontrava escondido numa cidade a cerca de 50 quilómetros de Islamabad, capital do país. As declarações foram proferidas esta quarta-feira pelo General Mohammad Zahir Azimi, porta-voz do Ministério da Defesa do Afeganistão.

Azimi remete para «os fortes serviços secretos do Paquistão» e intensifica assim a desconfiança que rodeia os contornos da operação que levou à morte de Osama Bin Laden, o líder da al-Qaeda que se encontrava no país alegadamente sem o conhecimento do governo paquistanês.

«Não só o Paquistão, que tem uns serviços secretos fortes, mas também um governo muito fraco com um serviço secreto fraco teria conhecimento de quem estaria a viver naquela casa e naquela localização», observou.

As declarações incidem sobre a localização da casa onde Bin Laden se encontrava escondido, por estar próxima de uma Academia Militar do exército paquistanês e de várias casas habitadas por militares.

«Há muitas questões que ainda necessitam de resposta», frisou.

Os comentários do representante do governo do Afeganistão vão presumivelmente agravar uma relação diplomática já por si tensa entre o seu país e o Paquistão.

Por várias vezes o Afeganistão acusou o seu país vizinho de falhar na luta contra a localização de elementos terroristas que escolhem o Paquistão como 'santuário' para planear e lançar ataques às forças internacionais presentes em território afegão.

SOL
 

*

Snowmeow

  • 200
  • +0/-0
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #79 em: Maio 05, 2011, 02:47:40 pm »
Tanto alarde pela morte de Bin Laden com certeza vai inflamar alguma célula da Al Qaeda ou outra similar, e surgirá mais um atentado nos EUA. O objetivo é claro: Dar aos EUA uma razão plausível para invadir o Irã.
Agora a batata quente está com Ahmadinejad. Te cuida, Chávez, tu és o próximo da lista.
http://verdadeespeculada.blogspot.com/2011/05/bin-laden-foi-mesmo-morto.html
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #80 em: Maio 05, 2011, 06:57:49 pm »
Exército do Paquistão admite falhas de inteligência sobre Bin Laden


O exército do Paquistão reconheceu hoje as «falhas» do seu sistema de inteligência sobre Osama Bin Laden, e anunciou ter ordenado uma investigação para apurar as falhas da busca pelo líder da rede Al-Qaeda. O general Ashfaq Kayani, chefe do Estado Maior das forças armadas paquistanesas, reuniu-se hoje com os comandantes de cada sector da Defesa quatro dias após a operação norte-americana que matou Bin Laden na cidade de Abbottabad.

«Se, por um lado, admitimos as nossas limitações» em produzir inteligência sobre a localização de Bin Laden, a reunião destacou as «conquistas» da inteligência militar contra a Al-Qaeda e outros grupos terrositas.

Sobre Bin Laden, o exército afirmou que a CIA conseguiu descobrir uma série de factos com base em informações iniciais fornecidas pelo ISI, o serviço de inteligência paquistanês - e reclamou que os norte-americanos não partilharam com Islamabad as informações descobertas posteriormente.

Por fim, o general indicou ter encomendado uma investigação sobre as circunstâncias que levaram a esta grave falha de inteligência.

Lusa
 

*

Jorge Pereira

  • Administrador
  • *****
  • 2235
  • Recebeu: 90 vez(es)
  • Enviou: 122 vez(es)
  • +74/-122
    • http://forumdefesa.com
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #81 em: Maio 05, 2011, 10:02:49 pm »
E esta?

Citar
Fotos de destroços sugerem que EUA teriam usado helicóptero "invisível", diz CNN

A rede de TV americana CNN afirmou na noite desta quarta-feira que os EUA podem ter usado um helicóptero com uma nova tecnologia --que o tornaria invisível para radares-- durante a operação que matou o extremista saudita Osama bin Laden.

A suspeita foi levantada durante o programa Anderson Cooper 360º com base em fotos supostamente tiradas por agentes paquistaneses na casa que escondia o saudita no Paquistão.

Elas mostram destroços da aeronave que fez um pouso forçado na casa onde estava Bin Laden, em Abbottabad, e foi destruída por Seals (forças especiais da Marinha americana) antes da retirada americana com o corpo do extremista.

Uma foto divulgada pela rede mostra o rotor de cauda (peça que dá direção e estabilidade ao voo) avariado da aeronave acidentada.

Ele é diferente do modelo padrão do UH-60M Black Hawk, helicóptero que autoridades dos EUA afirmaram ter sido usado na operação.

De acordo com especialistas ouvidos pela emissora, a configuração da peça é semelhante às usadas na fuselagem de aeronaves do tipo "stealth", que não podem ser detectadas por radares inimigos. Isso explicaria o fato dos helicópteros americanos terem entrado em território paquistanês sem alertar as defesas aéreas do país.

Também seria um motivo para os Seals gastarem tempo da operação tentando destruir o que sobrou da aeronave após a queda. O objetivo seria impedir que a tecnologia caísse em mãos paquistanesas, segundo a CNN.

A CNN disse que o governo americano não comentou o assunto.



Fonte

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

*

HaDeS

  • 223
  • +0/-0
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #82 em: Maio 06, 2011, 03:09:06 am »
Citar
Exército do Paquistão ameaça suspender cooperação com os EUA
E avisou que qualquer país que voltar a violar o território paquistanês enfrentará uma resposta armada e consequências desastrosas.
No Paquistão, surgiu uma nova versão da operação americana que matou Osama Bin Laden. No mesmo dia, o Exército do Paquistão acusou os Estados Unidos de violação de território. Os enviados especiais Marcos Losekann e Sérgio Gilz também dão detalhes da casa que abrigava Bin Laden.

Na casa onde o terrorista foi morto ainda mora um grande mistério: quem apoiava Bin Laden durante a permanência dele no Paquistão? Para tentar responder a essa pergunta, o Exército mantém a casa lacrada e é irredutível: ninguém entra sem autorização.

Moradores de Abbottabad continuam uma vigília que mistura curiosidade e ceticismo.

Para evitar uma peregrinação ao local, o governo paquistanês planeja demolir a casa assim que for liberada pela perícia.

Medidores de energia, na parte externa do muro, mostram que a casa de três andares era dividida em quatro partes. Cada uma tinha seu próprio contador de consumo de luz elétrica.

Sabe-se que, na hora da ação americana, pelo menos três famílias ocupavam a residência, em um total de 24 pessoas. A família de Bin Laden ocupava o andar de cima, o terceiro.

Os vizinhos afirmam que jamais viram Bin Laden fora da casa. Algumas vezes, um homem saía para tomar sol no terraço, mas ninguém garante que era o terrorista.

A casa pertencia a um líder pashtun, uma das principais etnias do Paquistão e do Afeganistão. Ele se chama Mohammed Arshad e está desaparecido.

Autoridades paquistanesas declararam a uma agência de notícias que nenhuma pessoa que estava na casa, incluindo Bin Laden, portava armas e que ninguém ofereceu qualquer tipo de resistência. Afirmaram ainda que os agentes americanos mataram a sangue frio.

O Exército paquistanês se pronunciou pela primeira vez desde domingo e elevou o tom de criticas ao governo americano. Avisou que qualquer país que voltar a violar o território paquistanês enfrentará uma resposta armada e consequências desastrosas. Ameaçou cortar a cooperação com os Estados Unidos se houver uma operação semelhante e reclamou que os americanos não compartilharam informações importantes.

Mesmo assim, o Exército abriu uma investigação para saber como Bin Laden se escondeu por tanto tempo no país.

A secretária de Estado Hillary Clinton afirmou que os Estados Unidos querem manter a cooperação com o Paquistão, apesar de a relação entre os dois países nem sempre ser fácil.
 
http://g1.globo.com/jornal-nacional/not ... s-eua.html
 

*

Magalhaes

  • 63
  • +0/-0
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #83 em: Maio 06, 2011, 02:29:45 pm »
Citar
Al Qaeda, in Web message, confirms bin Laden's death



(CNN) -- Al Qaeda released a statement on jihadist forums Friday confirming the death of its leader, Osama bin Laden, according to SITE Intelligence Group, which monitors Islamist websites.
The development comes days after U.S. troops killed bin Laden in a raid on a compound in the Pakistani city of Abbottabad.
The statement, translated by SITE, lauded the late militant, threatened to take action against the United States, and urged Pakistanis to "rise up and revolt."
Bin Laden's death will serve as a "curse that chases the Americans and their agents, and goes after them inside and outside their countries," the message said.
"Soon -- with help from Allah -- their happiness will turn into sorrow, and their blood will be mixed with their tears," it said.
The statement said al Qaeda will "continue on the path of jihad, the path walked upon by our leaders, and on top of them" bin Laden "without hesitation or reluctance.
"We will not deviate from that or change until Allah judges between us and between our enemy with truth. Indeed, He is the best of all judges. Nothing will harm us after that, until we see either victory and success and conquest and empowerment, or we die trying."
It said that Americans "will never enjoy security until our people in Palestine enjoy it."
"The soldiers of Islam, groups and individuals, will continue planning without tiredness or boredom, and without despair or surrender, and without weakness or stagnancy, until they cause the disaster that makes children look like the elderly!"
It urged Pakistanis "to cleanse this shame that has been attached to them by a clique of traitors and thieves" and "from the filth of the Americans who spread corruption in it."
Bin Laden and other militants used the Internet to post messages to their followers before and after al Qaeda's September, 11, 2001 attack on the United States.

:arrow: http://www.cnn.com/2011/WORLD/asiapcf/05/06/bin.laden.qaeda.comment/?hpt=T1
 

*

Desertas

  • Perito
  • **
  • 338
  • +0/-0
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #84 em: Maio 07, 2011, 03:10:19 pm »
Uma notícia agora revelada pelo The New York Times .

    Bin Laden. A operação em 2007 que quase o apanhou
    Publicado em 07 de Maio de 2011  


Há quatro anos os EUA montaram uma grande operação para apanhar o líder da Al-Qaeda em Tora Bora mas desistiram à última hora
 Antes de domingo passado, a última vez que um presidente dos Estados Unidos pensou que tinha Osama bin Laden à sua mercê foi no final do Verão de 2007. Comandantes da Al-Qaeda e dos talibãs, terroristas voluntários e outros insurgentes estavam prestes a reunir-se na região de Tora Bora, no Afeganistão, segundo revelava uma série de relatórios dos serviços de informações. E havia pistas de que o próprio Bin Laden poderia viajar do seu esconderijo no Paquistão para reunir os militantes que treinavam para ataques suicidas em larga escala na Europa ou nos EUA.

"Pensávamos que tínhamos o ''Número 1'' neste lado da fronteira", recorda um alto responsável militar dos EUA envolvido no planeamento da operação. "Eram as melhores informações que tínhamos sobre ele desde há muito tempo."

Os militares puseram em movimento uma das maiores missões ofensivas do seu género, com bombardeiros de longo alcance, helicópteros de ataque, artilharia e comandos prontos para atacar o acidentado vale montanhoso ao longo da fronteira do Afeganistão com o Paquistão, segundo antigos responsáveis militares e do governo. Porém, quando a meia dúzia de bombardeiros B-2 Stealth já ia a meio caminho do voo de 5 mil quilómetros até ao alvo, os comandantes ordenaram o regresso à base secreta no oceano Índico, por causa das dúvidas em relação às informações sobre Bin Laden e à preocupação com as baixas civis que podiam resultar do bombardeamento.

Um raide mais pequeno e preciso foi levado a cabo por comandos e helicópteros de ataque, matando várias dezenas de militantes, num episódio que só agora foi revelado. Porém, o fundador e principal figura da Al-Qaeda não estava lá.

Na Casa Branca, a desilusão era palpável, segundo assessores de topo do antigo presidente George W. Bush. O que podia ter sido a última hipótese de Bush para redimir o fracasso da sua administração na captura ou morte de Bin Laden depois da invasão do Afeganistão em 2001, quando foi encurralado na mesma região de Tora Bora mas conseguiu escapar para o Paquistão, não se materializou.

Por entre o alívio nacional pela morte de Bin Laden por uma equipa de SEALS da marinha às primeiras horas de segunda- -feira em Abbotabad, Paquistão, este capítulo secreto da caça ao fugitivo mais famoso do mundo serve para lembrar os anos de frustração e falsas esperanças que os responsáveis do governo enfrentaram na tentativa de recuperar a sua pista.

As lições da missão de 2007 tiveram eco na Casa Branca e no Pentágono nos últimos meses, quando um novo fluxo de informações apontou para um complexo em Abbottabad que parecia albergar Bin Laden. As opções apresentadas ao presidente Barack Obama eram bastante semelhantes às apontadas em 2007, quando a tensão aumentou em Washington com os relatórios que falavam de possíveis planos terroristas a emanar do Paquistão.

Nessa altura, os agentes de informações afegãos que escutavam conversas entre insurgentes no princípio do Verão de 2007, recolheram fortes indícios que combatentes talibãs e da Al-Qaeda estavam a planear a maior reunião no Afeganistão desde o início da guerra. As informações eram tão convincentes que o presidente afegão, Hamid Karzai, convocou os responsáveis americanos ao seu palácio em Cabul para pedir uma grande operação dos EUA para esmagar os combatentes.

Não eram só os afegãos que estavam a seguir os potenciais movimentos de Bin Laden. De forma independente, a unidade de Operações Especiais dos EUA destacada para caçar altos líderes da Al-Qaeda e dos talibãs no Afeganistão, com analistas da CIA e outras agências de espionagem a trabalhar em conjunto, reuniram informações de que mais de 100 comandantes e combatentes talibã e da Al-Qaeda planeavam entrar no Afeganistão a partir do Paquistão através de Tora Bora.

Este fluxo de informação sugeria um plano de Bin Laden para se esgueirar até Tora Bora, e o ataque delineado para o matar em 2007 será revelado em pormenor no livro "Counterstrike: The Untold Story of America''s Secret Campaign Against al-Qaida", que será publicado em Agosto pela Times Books. O relato do ataque de 2007 baseia-se em entrevistas com quase uma dúzia de responsáveis militares e da administração Bush, falando na condição de anonimato, que estiveram envolvidos no planeamento da missão. Na quinta-feira passada, Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, declinou comentar o episódio, afirmando que o Departamento de Defesa não discute, ou sequer confirma, tais missões secretas.

A acidentada região de Tora Bora está repleta de grutas, algumas delas usadas pelos mujaedines na guerra contra o exército soviético nos anos 80. O terreno, fácil de defender e difícil de atacar, é o local onde Bin Laden foi avistado pela última vez antes de fugir para o Paquistão no Inverno de 2001/02, uma hipótese perdida que foi um duro golpe para a administração Bush. As pistas fracas, embora tentadoras, de que Bin Laden iria participar na reunião insurgente e terrorista, um encontro comparado por responsáveis militares a um congresso de chefes da máfia, capturou a atenção dos altos responsáveis do governo. Os relatórios de informações foram encarados como suficientemente sólidos, pelo que foram mostrados a Bush, recordam antigos assessores da Casa Branca.

Como o Afeganistão fora declarado zona de guerra, o comandante militar regional possuía autoridade para levar a cabo o raide sem pedir a aprovação prévia de Bush. Responsáveis militares e dos serviços de informações que leram os relatórios afirmam que os campos em Tora Bora eram usados não só como área de lançamento para ataques no Afeganistão mas também como área de planeamento e treino para um ataque de alta visibilidade e grandes baixas algures fora do Afeganistão, na Europa Ocidental ou talvez até nos EUA.

Foi a ameaça maior que levou à interpretação das informações como uma indicação de que o próprio Bin Laden poderia estar presente - para motivar bombistas suicidas e abençoar uma missão que poderia talvez reproduzir a escala dos ataques de 11 de Setembro de 2001.

"As informações sobre a ameaça eram viáveis", afirma um alto responsável militar. "A área era um centro de líderes de grande valor, comandantes de nível médio e soldados rasos. Era um centro de comando e controlo. Era uma rampa de lançamento para a guerra no Afeganistão mas também um local para planear e treinar um ataque espectacular fora do teatro de combate."

Como acontece com frequência no mundo incerto das informações, havia divisões entre os analistas sobre se Bin Laden iria ou não aparecer. "Se OBL ali estivesse, seria apenas uma questão de sorte", ridicularizou um dos comandantes, utilizando as iniciais do governo para o fundador da Al-Qaeda. Outros, que achavam provável que Bin Laden pudesse dirigir-se aos militantes, argumentavam que Tora Bora era uma das poucas zonas do Afeganistão em que ele se podia sentir seguro.

Mesmo que os analistas divergissem em relação às informações em 2007, os planeadores de Operações Especiais não queriam correr riscos. Se este conselho de guerra terrorista se reunisse, e Bin Laden estivesse presente, não escaparia outra vez de Tora Bora, juraram. Ao longo de várias semanas, os planeadores começaram a organizar uma das maiores operações do género. Para além de destacarem cerca de meia dúzia de bombardeiros B-2 para a missão, dúzias de caças de ataque estavam a postos, prontos para um ataque com bombas de precisão. No terreno, os militares posicionaram um novo sistema de artilharia a longa distância. Helicópteros equipados com metralhadoras e tropas de Operações Especiais estavam a postos para matar ou capturar quaisquer insurgentes que escapassem ao bombardeamento aéreo inicial. "Seria uma coisa em grande", afirma um alto responsável norte-americano.

O tamanho da missão, juntamente com a ambiguidade das informações, alarmou alguns altos comandantes, incluindo o almirante William J. Fallon, na altura chefe do Comando Central. "A visão de Fallon era que estávamos a querer matar uma mosca com um martelo de 8 quilos", diz o mesmo alto responsável, familiarizado com a linha de pensamento do comandante. Vieram também à baila algumas preocupações diplomáticas e políticas. Os B-2 levantariam voo de uma base britânica em Diego Garcia, uma pequena ilha no Índico, e teriam de sobrevoar o espaço aéreo paquistanês. Embora as bombas a bordo de cada B-2 fossem teleguiadas por satélite, havia o risco de alguma cair em território do Paquistão.

No fim de Julho, à medida que a data da reunião se aproximava, analistas civis e militares debruçaram-se sobre as informações e comunicações interceptadas para obter pistas frescas. O retrato era ainda pouco claro. Ainda assim, os comandantes receberam luz verde e aos B-2 foi dada a ordem de levantar voo para estar a postos caso a reunião se materializasse.

Porém, quando iam a meio caminho, Fallon chamou-os de volta. "Tratava-se de bombardeamento de saturação puro e duro", considera outro alto responsável militar que discordava da operação. "Os alvos não eram precisos. Não havia maneira de separar os líderes da Al-Qaeda e os combatentes no terreno da população local e dos seguidores presentes no campo."

Mais de três anos depois, Obama recebeu uma cópia quase a papel químico de tal opção de bombardeamento quando considerava como atacar um complexo em Abbottabad que era dado como refúgio de Bin Laden. Porém, o presidente e o seu conselho de guerra decidiram que era importante apresentar a prova de que tinham, de facto, morto ou capturado Bin Laden. Em vez de destruir a casa de três andares e toda a gente que lá estivesse dentro, rejeitaram o bombardeamento em larga escala e aprovaram o arriscado raide de comandos que o matou.

Até hoje, responsáveis militares e dos serviços de informação discutem se Bin Laden decidiu não ir ao encontro em Tora Bora em 2007 porque o risco era demasiado elevado, porque a operação dos EUA foi denunciada aos operacionais talibãs ou da Al-Qaeda através de fontes afegãs ou paquistanesas ou porque as informações foram interpretadas incorrectamente logo desde o início. "O que pensávamos que estava a acontecer não aconteceu", afirma um antigo membro da administração. "E ninguém sabe porquê."

[/list]

Um Abraço
God and the soldier all men adore
in time of trouble and no more
for when war is over and all things righted
God is neglected and the old soldiers slighted
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #85 em: Maio 07, 2011, 11:20:17 pm »
Sucessão de Osama Bin Laden está "em aberto"

 
A questão da sucessão de Osama bin Laden na liderança da Al-Qaeda permanece "em aberto", uma vez que o atual "número  dois", Ayman al-Zawahiri, é contestado dentro da organização terrorista,  afirmou hoje um alto responsável norte-americano. Zawahiri "é, evidentemente, o presumível sucessor", observou, a coberto  do anonimato, o responsável dos serviços secretos, que classifica como interessante que a rede islâmica não tenha ainda anunciado o nome do seu novo líder

"Há fortes indícios segundo os quais  (Zawahiri) não é popular em alguns  círculos do grupo. Creio, por isso, que a questão de saber quem vai suceder  a Osama bin Laden está em aberto", prosseguiu.  

Segundo os Estados Unidos, os documentos apreendidos na residência onde foi morto Bin Laden, no Paquistão, sugerem que ele se manteve até à morte um "líder ativo da Al-Qaeda", que continuava a fornecer instruções à organização  terrorista.  

Foi com base nesses documentos que os Estados Unidos descobriram que a Al-Qaeda tencionava cometer atentados em comboios por ocasião do 10.  aniversário do 11 de Setembro, indicou na quinta-feira o departamento de Segurança Interna norte-americano.  

De acordo com a mesma fonte, membros da Al-Qaeda acusam Zawahiri de falta de carisma e de se envolver demasiado em detalhes: "Se fossem organizadas eleições livres, ele teria uma tarefa difícil".  

O "número dois" da Al-Qaeda, escondido desde os atentados de 11 de Setembro de 2001, é considerado ainda em fuga. Difundiu em vídeo numerosos apelos à guerra santa desde que foi pela última vez visto, em outubro de 2001, no leste do Afeganistão.  

Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #86 em: Maio 11, 2011, 08:24:05 pm »
Bin Laden "foi maior falha da história" do Paquistão



Um antigo oficial dos serviços secretos de espionagem paquistaneses (ISI) revelou que a sua incapacidade em capturar Osama Bin Laden «foi a maior falha da sua história», ao reconhecer o fiasco das operações com esse objectivo desde os atentados do 11 de Setembro de 2001.
Os serviços secretos do Paquistão têm estado no centro da polémica desde a morte de Osama Bin Laden, capturado em Abbottabad, cidade paquistanesa, na sequência de uma operação especial conduzida pelos Estados Unidos da América.

De acordo com o diário El País, vários antigos oficiais do ISI reconheceram o fracasso da organização por não ter conseguido, ao longos dos últimos dez anos, capturar o líder da Al-Qaeda.

Asad Munir, antigo chefe da secção da ISI em Peshawar – cidade paquistanesa na fronteira com o Afeganistão –, classifica de «pura incompetência» o facto de não ter conseguido detectar «o terrorista mais procurado do mundo».

Embora admita os erros, Munir, o chefe do ISI entre 2001 e 2003 reconhece porém que «as falhas fazem parte da profissão», refutando ainda qualquer ligação à Al-Qaeda, possibilidade que tem motivado polémicas na comunidade internacional.

«Não temos nenhuma afiliação com a Al-Qaeda», garante, destacando em sua defesa: «Ninguém pode questionar o papel da ISI na perseguição e captura da al-Qaeda quando já tivemos 50 dos seus máximos dirigentes detidos».

O mesmo ex-dirigente descarta a possibilidade de Bin Laden ter sido ajudado por membros da ISI da manter-se escondido, alegando para tal «ser impossível fazer alguma coisa sem que outro companheiro [dentro da ISI] informe alguém».

E questionou ainda: «Se éramos nós que o tínhamos [Bin Laden], então porque razão não havia um sistema de defesa, um túnel para escapar ou baterias anti-aéreas? Não faz sentido».

SOL
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #87 em: Maio 11, 2011, 11:50:38 pm »
A morte de Bin Laden e o futuro da al Qaeda
Alexandre Reis Rodrigues
 
 
Há muito pouco consenso, mesmo entre os especialistas, sobre os possíveis impactos da morte de Bin Laden na luta contra o terrorismo, nas relações dos EUA com o Paquistão, no futuro da al Qaeda, etc. Sobre esta última questão há apenas a tendência para assumir que a organização continuará a constituir uma preocupação central de segurança para o mundo em geral e o Ocidente em particular, mal grado o desaparecimento do seu líder. É provável que seja assim, mas ninguém sabe ao certo.

Max Boot, em recente artigo na Foreign Affairs, chamava a atenção para as formas diferentes como organizações ligadas ao terrorismo reagem à perda dos seus líderes, citando quatro exemplos: Sendero Luminoso do Perú, PKK dos curdos turcos, o Hezbollah e o Hamas. Há duas circunstâncias decisivas neste tipo de apreciação; o tipo de liderança e o controlo que exercem sobre o território.

Se a liderança é colectiva, como é o caso do Hezbollah e Hamas, a perda do líder é facilmente absorvida pelo conjunto sem problemas de maior. Se é uma organização que nasceu, se desenvolveu e funciona à volta da figura carismática de um líder então o futuro pode tornar-se problemático, com lutas pelo poder, aparecimento de facções, etc. No caso do Sendero Luminoso, depois da captura de Abimael Guzmán em 1992 e, subsequentemente, dos restantes lideres, a actividade terrorista diminui radicalmente, No caso do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), a actividade, depois da captura de Ocalan em 1999, nunca mais voltou ao nível anterior. Em que categoria devemos colocar a al Qaeda?

É difícil responder a esta pergunta porque a al Qaeda do final da década de oitenta, quando nasceu, é muito diferente da que existe presentemente; por razões de segurança e sobretudo pela perda do santuário que tinha no Afeganistão, foi-se tornando cada vez mais descentralizada, principalmente a partir do 11 de Setembro. Aliás, a maioria dos observadores também assume que Bin Laden tornou-se apenas no símbolo e o grande inspirador da organização, já não conduzindo as operações. Falta, no entanto, ver se da consulta da documentação recolhida na residência de Bin Laden resulta alguma ideia diferente; algumas fontes anónimas passaram há dias a ideia de que afinal se encontrava activo na direcção das operações, mas isso não está confirmado.

A outra circunstância relevante é a do controlo sobre o território onde actuam; se não controlam, as possibilidades de sobrevivência são menores. A al Qaeda perdeu, a seguir ao 11 de Setembro, o controlo do Afeganistão onde se encontrava instalada e operava diversas bases com o consentimento aberto dos talibãs mas conseguiu remediar esse revés tirando partido da ambivalência do Paquistão no combate aos talibãs. Bin Laden não optaria por se instalar no seio de uma comunidade (Abbottabab), onde existe uma importante presença militar, se não tivesse garantido um grau seguro de controlo sobre a zona. Se acabou por não se revelar seguro é porque os EUA, de forma persistente e eficaz ao longo de oito meses, foram capazes de recolher a informação necessária para actuar com boas hipóteses de sucesso.

Esta situação tem sido desde sempre o principal obstáculo com que os EUA se depararam à realização de uma campanha mais abrangente contra a al Qaeda; tivesse o apoio de Islamabad sido aberto, teria certamente havido mais progresso. Ao contrário de Bush, Obama tinha já mostrado perceber - ainda era candidato - que não havendo esse apoio nada mais restaria senão actuar unilateralmente, o que passou a fazer. Em dois anos de presidência ordenou quatro vezes mais ataques com a utilização de UAVs em território paquistanês do que fez Bush em oito anos de mandato. Em termos diplomáticos fez também questão de ser muito claro, pela voz de Hilary Clinton («I believe that somewhere in the Government are people who know where Osama Bin Laden is ...... that information would likely not be found from senior levels of the Government and instead from the “bowels” of the security establishment»).

Como poderá evoluir o combate à al Qaeda neste clima de crescente tensão entre os dois países? Vai provavelmente manter-se como tem sido até aqui, isto é, muito condicionado do lado paquistanês pela procura de equilíbrio entre não sacrificar o relacionamento com os EUA - indispensável para a continuação da ajuda financeira e manutenção do estatuto de aliado não-NATO privilegiado - e a necessidade de não correr o risco de alienação da opinião pública interna (que não quer uma aproximação aos EUA) ao ponto de pôr em causa o regime. Também condicionado do lado americano, pela necessidade de preservar o apoio de Islamabad na conclusão do processo de retirada militar do Afeganistão.
 
Jornal Defesa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 23602
  • Recebeu: 3114 vez(es)
  • Enviou: 261 vez(es)
  • +1603/-1582
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #88 em: Maio 12, 2011, 07:10:18 pm »
Fotos de Bin Laden morto são pavorosas e provam ser ele diz Senador


Um senador republicano dos Estados Unidos que viu as fotos do terrorista saudita Osama Bin Laden morto descreveu as imagens como «pavorosas», mas afirmou que elas não deixam dúvidas de que o líder da rede Al-Qaeda foi morto. O republicano James Inhofe foi o primeiro senador a ver as fotos após a CIA se ter oferecido para as a mostrar a membros de quatro comissões do Congresso.

Numa entrevista à CNN, ele disse ter visto 15 fotos tiradas durante a operação militar norte-americana que matou Bin Laden, a 2 de Maio.

A maioria delas foi tirada na casa em Abbottabad, no Paquistão, onde o saudita estava escondido. Três das imagens mostram o corpo no navio para onde ele foi levado e de onde foi sepultado no mar.

Segundo Inhofe, as fotos tiradas dentro da casa após Bin Laden ser morto são «bem pavorosas» e mostram o seu rosto coberto de sangue e com pedaços do cérebro saindo pelo globo ocular.

As três fotos feitas no navio, segundo ele, são menos impressionantes e permitem uma identificação melhor, ao mostrar o rosto do saudita já lavado e sem sangue. As fotos mostrariam também o sepultamento no mar.

Durante a entrevista, o senador cometeu um deslize ao confundir o primeiro nome do líder da Al-Qaeda com o apelido do presidente do país, Barack Obama. Ao comentar que Osama Bin Laden aparecia vivo em algumas das imagens, Inhofe disse: «Três das primeiras 12 fotos eram de Obama quando ele ainda estava vivo».

Ao ser questionado sobre as dúvidas do público em relação à morte de Bin Laden, Inhofe afirmou: «Não há absolutamente nenhuma dúvida sobre isso. Muitas pessoas por aí dizem: ´Eu quero ver as fotos`. Mas eu já as vi. Era ele. Ele foi-se. Ele é história».

Lusa
 

*

Pedro_o_Tuga

  • 114
  • +0/-1
Re: Bin Laden Dead, U.S. Official Says
« Responder #89 em: Maio 13, 2011, 12:00:36 pm »
Pelos vistos a retaliação começou. Acabei de ler no meu telemóvel que houve um grande atentado no Paquistão com a morte de pelos menos 69 pessoas.